segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Análise a Deus Ex: Human Revolution

 Deus Ex: Human Revolution, o terceiro título da série Deus Ex, vem 8 anos mais tarde desde o último título, como uma prequela ao primeiro Deus Ex. 

 25 anos antes do original Deus Ex,em 2027, num futuro breve em que as evoluções da tecnologia no corpo humano, as chamadas "augmentations" estão agora a tornar-se algo natural na sociedade e há quem queira a evolução e outros que defendem a natureza da humanidade, este é um dos principais conflitos neste universo espetacular cyberpunk que oferece uma perspetiva realista do futuro, ao que toca a este tema.

O protagonista é Adam Jensen, o chefe de segurança da Sarif Industries, uma firma de biotecnologia. Sem querer vos estragar o enredo (que já lá vamos), é devido a um incidente, ter que ser quase melhorado completamento pelas augmentations, estas onde se assentam na componente RPG do jogo, ao longo da campanha poderão melhorar por exemplo, as augmentations das pernas, para correr mais rápido ou silenciosamente, ou então uma melhora neuro-visual para verem o que está para além das paredes, ou então melhoraram a vossa capacidade no hacking (que também já lá vamos).

A jogabilidade assenta-se, segundo os produtores, em quatro pilares, Combat, Stealth, Hacking and Social. Sendo assim, podem melhorar as vossas augmentations baseado nesses pilares, através dos XP points, que cada vez que passam um nível recebem um ponto praxis que serve como o crédito para melhorarem o protagonista ás vossas preferências de abordagem no jogo e necessidade, também podem comprar praxis kit nas "clínicas" LIMB, embora com um preço elevado.

Um dos pontos altos na jogabilidade é a opção que vos dá para jogarem à Rambo, matando tudo à vista ou então optar por uma abordagem furtiva (a minha preferida), existem mesmo múltipas maneiras de abordar as situações, podem fazer atalhos por condutas de ventilação estrategicamente colocadas, podem ir por um corredor onde os inimigos não vejam, podem abater o inimigo, podem pôr as vossas capacidades como hackers, através de um mini-jogo, para desbloquear uma porta que permite aceder a um computador de segurança para desligar uma câmara noutra sala um pouco mais longe. É um jogo que dá gosto pensar na maneira como se aborda uma situação.

O jogo conta com um enredo muito sólido, que vos vai manter mais de 20 horas a jogar, já sem as missões secundárias, um verdadeiro exemplo do que o standard da longevidade deveria ser, um jogo relativamente longo sem nunca perder interesse nem motivo, mantém o jogador sempre num estado semelhante ao dos filmes "thriller" e sempre na procura pela verdade, ao longo da aventura, Jensen, o jogador, vai ter que decidir em que lado está, já que num mundo cheio de conspirações e corporações nacionais no poder , a verdade é dificil de desenterrar.

No que toca a missões principais e secundárias, não esperem um sandbox, mas podem contar com algumas áreas abertas em que podem optar por fazer missões secundárias, em vez de avançar para as principais, estas que estão bastante bem feitas, não se deslocam do enredo do jogo e exploram outros detalhes acerca do que se passa a volta, de certa forma, uma maneira de "puxar" o jogador para o ambiente do jogo.

De negativo, pouco ou quase nada há para dizer, o maior mal do jogo pode-se acusar nos confrontos com os bosses do jogo, que são um pouco deslocados do resto do jogo e do estilo da jogabilidade, já que exigem força bruta num jogo que congratula o jogador com um troféu/achievment para passar o jogo sem matar ninguém (exepto estes bosses).

Resumido, temos um dos melhores jogos de 2011 e o meu preferido no que toca a ação furtiva, um ambiente muito bem criado tal como o enredo e que nos deixa a pensar um pouco também, jogabilidade sólida, banda sonora original que combina com o ambiente. Deus Ex é uma excelente adição à série e um excelente título, mesmo para aqueles que não estão familiarizados com a série.

Nota Final: 9.5/10

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